Momento de poesia.

Já dizia Florbela Espanca: «Amar, amar, amar, amar. Amar. Amar. Perdidamente. Amar, amar, amar. Loucamente.»
A poesia está em todo o lado. Sim. A Vida é poesia. O Sol, o Mar, as Estrelas, a Lua, a Noite, o Dia, o Amor, a Terra, a Paz e os Combóios.

Zimbro partilha com a portugalidade um poema de antologia, que um dia constará certamente, qual Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral do Mês de Agosto. Ei-lo aqui.

Apita o comboio
Que coisa tão linda

Apita o comboio
Perto de coimbra

(Charã)

Apita o comboio
Lá vai a apitar

Apita o comboio
Á beira do mar

(Charã)

Á beira do mar
Mesmo á beirinha

Apita o comboio
No centro da linha

(Charã)

Á beira do mar
Debaixo do chão

Apita o comboio
Lá na estação

(Charã)

Apita o comboio
Sobre o rio torto

Apita o comboio
Ao chegar ao porto

(Charã)

Apita o comboio
Logo de manha

Vai cheio de moças
Para a covilhã

(Charã)

Apita o comboio
Lá vai a apitar

Apita o comboio
A beira do mar

(Charã)

A beira do mar
Mesmo a beirinha

Apita o comboio
No centro da linha


Foi bonito.