Estupidologia s. f. - Ciência que estuda a auto-repressão voluntaria da razão e dos sentimentos; interesse pragmatico-investigativo pelos non-sense da vida em colectividade; teoria matemática que defende existir uma relação de proporção directa entre a sensação de felicidade e a acção de mecanismos primários do homem; designação do maior, mais antigo e poderoso lobbie do mundo; empresa familiar de farturas; nome de um blog

sexta-feira

Renegado de Boliqueime

Rrrrrrepetir



Eu queria aquele cd. Eu desejava aquele cd. Eu – qual ressacado do haxe – precisava daquele cd.

Tudo começou no metro. Vi um cartaz, depois outro, e outro, e outro, e outro, e outro, que dizia – e outro - « Mandona – Confessions on a dancefloor – Irresistível novo álbum».

Irresistível, li. Irresistível. Aquilo gerou todo um efeito em mim, que me apanhou – não sei se conseguem ter noção - desde o tenencéfalo até ali àquela zona onde fica a medula oblonga.

Mal cheguei a casa, gritei como se não houvesse amanhã: «Ó mãe, ó mãe, compra-me o irresistível novo cd da Mandona»

Ela disse: «Não». E eu insisti: «Vá lá». E ela: «Não». E eu: «Bolas, mãe». E ela: «Mau». E eu: «Mas porquê». E ela: «Levas com o chinelo. Aníbal António.» E eu calei-me.

Depois de uma pausa, disse-me: «Olha, só por causa disso, vais já para o quarto reflectir sobre o teu comportamento desagradável, hmmm?».

Não sei porquê aquilo de ficar fechado no quarto não me pareceu lá muito boa ideia e foi coisa para inclusivamente me causar algum apoquentamento.

«E agora o que é que eu vou fazer?» Habitava em mim todo um conflito interior. Por um lado, a minha mãe. Se me apanhasse a fugir, levava com o chinelo. Por outro, o cd era irresistível.

Ia ficar ali fechado no quarto? E eu disse cá para comigo: «Não». Tirei do armário o porco de loiça, joguei a mão à maçaneta e. Bolas. A minha mãe.

Com as moedas de dois cêntimos a chocalhar, desatei a correr, a correr, a correr, a correr, a correr em direcção à loja e – ó indizível alegria – não é que tinha conseguido adquirir a minha cópia original do novo álbum da Mandona?

Já a espumar de ansiedade, regressei a casa possesso por ouvir o cd que levava escondido no casaco.

Ia eu pôr o cd no leitor quando a minha mãe me diz: «Olha lá, isso que aí pões não ocorre tratar-se do novo álbum da Mandona, pois não?». Respondi: «Não. Já aprendi a lição com aquele castigo de ficar fechado no quarto a reflectir; e olha que me tornei num homem novo».

Mal virou costas, dei play. Aaaah. Tal era o bom do novo cd da Mandona: abri a boca, salivei e revirei os olhos. À falta de limão - é -, não pude evitar um espasmo grave e prolongado.

Nisto, quem entra? A minha mãe. Disse-me:

«Ahaaa. Com que então a ouvir a Mandona, hein? Seu malvado.»

Foi um raspanete e tanto. Que não tinha jeito nenhum a casa parecer uma estação de metro, que não tarda chamava mais alguém da família para gritar "Marquês de Pombal; há correspondência com a linha azul" ou então para fazer o pIII-pIII-pIII-pIII-pIII-CLAaaNnG das portas a fecharem.

«E eu pergunto. Achas isso bem? Hmm? Seu malvado.» - perguntou ela com uma mão na anca e outra a segurar num rolo da massa de alumínio. Anibal António, dá cá isso imediatamente que agora temos que ir jantar». Eu disse: «Não». E ela insistiu: «Maaau». E eu: «Não». E ela: «Olha que eu tenho aqui uma corda». E eu: «Não mandas em mim». E ela: «Ai é?». E amarrou-me a uma cadeira. «Tommmaaaa!», disse antes de trancar a porta à chave.

Sozinho e em silêncio - enfim, qual homem na sua solidão primordial, dominando o horizonte com o olhar enquanto o cabelo esvoaça ao sabor da nortada numa praia de Peniche - ali com o cd pousado à frente, continuei a espumar da boca com alguma intensidade. « Mandona – Confessions on a dancefloor – Irresistível novo álbum».. Irresistível. Irresistível. Irresistível.

O cheiro a batatas a murro no forno, depois de um intenso dia de labuta, de terem passado 14 horas sobre a minha anterior refeição, cerca de meia maçã, e para mais ter que ficar sem jantar, vá, era como o outro. Agora, sem a Mandona é que não.

Quinze dias depois, quando a minha mãe me veio desamarrar, tudo estava ultrapassado. Chiça, lá tinha conseguido vencer a irrestibilidade do cd, hein?, - pá aquela pulsão ênterior, aquele desejo freudiano, como dizer?, aquele leão q'há em nós. Que difícil que tinha sido libertar-me da Mandona. Ufa, aquilo é que foi, hein?

Aqueles quinze dias a pensar na vida amarrado numa cadeira deixaram-me com um ratito no estômago. Quando me dirigi à cozinha, lá estava o rádio ligado e a minha irmã a cantarolar a Rita Guerra, de olhos fechados e de braços ondulantes no ar «Á espera de luuuz, à espera do maaar, à espera do soool...»

Pedi-lhe: «Arranjas-me o mp3?» Ela disse: «Não». E eu insisti: «Vá lá». E ela: «Não». E eu: «Bolas, Jéssica Joana». E ela: «Mau». E eu: «Mas porquê?». E ela: «Olha q'eu tenho aqui um berbequim - e olha que este é daqueles que aleija». E eu calei-me.

terça-feira

Intemporal II

Pérolas da literatura contemporânea

«Quando se preparava para abrir a porta do quarto, ouviu um leve grito vindo do quarto do lado. Depois desse grito, ouviu outro grito, ouviu outro e, logo a seguir, outro mais grave e ainda uma voz masculina a falar inglês. (...) Rute estava a fazer amor com um nativo»



Manuela Fonte, Atracção nos Trópicos

Intemporal

Pérolas da literatura contemporânea

«Os dois corpos (...) faziam uma união mágica (...) como se a humanidade estivesse ali toda concentrada»



Manuela Fonte, Atracção nos Trópicos

Sudoku

Nível de dificuldade:

sexta-feira

O diagnóstico do doente do 204




- Estou sim, bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre os doentes. Queria saber se determinada pessoa está melhor ou se piorou.

- E qual é o nome do doente?

- Chama-se Paulo e está no quarto 204.

- Um momentinho só que vou transferir a chamada para o sector de enfermagem, sim?



- Bom dia, sou a enfermeira Fátima. O que deseja?

- Gostaria de saber as condições clínicas do doente Paulo do 204, por favor.

- Um minutinho só que vou localizar o médico de serviço, sim?



- Aqui é o Dr. Carlos, de serviço. Ora diga, se faz favor.

- Olá, Sr. doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre o estado de saúde do Paulo que está internado há três semanas no quarto 204.

- Concerteza, vou só consultar a ficha do doente. Só um instante, por favor.



- Ora aqui temos: hmm, ele alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e a pulsação já estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Se continuar assim, o médico responsável dar-lhe-á alta em três dias.

- Ahhhh! Graças a Deus. São notícias óptimas! Que alegria!

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família...?

- Não. Daqui é o Paulo. Só queria saber se estava melhor. Entram, saem, entram, saem, entram, saem e não vos oiço a dizer nada...

quinta-feira


Mama, mama.
Papa, papa.
Bebe, bebe.
Fuma, fuma.
Chupa, chupa.
Come, come.

Consome, consome.

Op. cit.



«Jovem:

Tens mais de 18 anos? Gostas de álcool? Piadas porcas? Orgias malucas?
Então esquece, que esta festa não é para ti!

Nesta party vamos rezar. (...) [traz] a tua ostia e a bíblia e junta-te a nós!»

Verbo amandar

No presente do indicativo


Eu amando
Tu amandas
Ele amanda
Nós amandamos
Vós amandais
Eles amandam



No pretérito perfeito do indicativo

Eu amandei
Tu amandaste
Ele amandou
Nós amandámos
Vós amandásteis
Eles amandaram



No pretérito imperfeito do indicativo

Eu amandava
Tu amandavas
Ele amandava
Nós amandávamos
Vós amandáveis
Eles amandavam



No Pretérito Mais-que-perfeito do indicativo

Eu amandara
Tu amandaras
Ele amandara
Nós amandáramos
Vós amandáreis
Eles amandaram



No futuro do indicativo

Eu amandarei
Tu amandarás
Ele amandará
Nós amandaremos
Vós amandareis
Eles amandarão



No condicional

Eu amandaria
Tu amandarias
Ele amandaria
Nós amandaríamos
Vós amandaríeis
Eles amandariam



No presente do conjuntivo

Que eu amande
Que tu amandes
Que ele amande
Que nós amandemos
Que vós amandeis
Que eles amandem



No Imperfeito do conjuntivo

Se eu amandasse
Se tu amandasses
Se ele amandasse
Se nós amandássemos
Se vós amandásseis
Se eles amandassem



No futuro do conjuntivo

Se eu amandar
Se tu amandares
Se ele amandar
Se nós amandarmos
Se vós amandardes
Se eles amandarem



No Infinitivo pessoal

Eu amandar
Tu amandares
Ele amandar
Nós amandarmos
Vós amandardes
Eles amandarem




No gerúndio

Amandando

quarta-feira

Nostalgia



Ai era tão bonito. Dantes, dantes sim, havia felicidade.

Recordo - oh, indizível alegria - a de jogar aos tazos com os colegas da universidade.

"Toma, ganhei-te", costumava dizer. O outro respondia: "Ai é?, ai é?". E baldávamo-nos às aulas para o duelo. Uns traquinas, era o que era.

"Toma, ganhei outra vez", cantava o vencedor enquanto dançava O Lago dos Cisnes. Ai era tão bonito. Dantes, dantes sim, havia felicidade.

E as contínuas juntavam-se. E os professores, e as senhoras da limpeza, e os porteiros.

Inclusivamente desafiavam:"Vá, «amanda» q'eu «amando» a seguir", dizia-me tanta vez a senhora da reprografia. Aquilo sim, era convívio.

Não é como agora que só querem é playstation, só querem é playstation.


Oremos ao Senhor II

«Pai nosso que estais no Céu». Versão erudita

Progenitor nosso, que estais na região supra-terrestre,
santificado seja a designação referenciadora da sua identidade,
venha a nós o vosso espaço supra-ideológico,
seja posta em prossecução a vossa intencionalidade,
assim no terceiro planeta do Sistema Solar como na região supra-terrestre.

O condensado cozido de cereais nosso cada dia nos atribuí hoje,
procedei ao olvidamento das nossas acutilâncias prejudicadoras,
assim como nós procedemos com quem tem nos tem prejudicado;
e não nos deixeis cair em degenerescências sensoriais,
mas afastai-nos do unanimememte tido como reprovável.

Amém.

Oremos ao Senhor I

«Pai nosso que estais no céu». Versão Arrentela

Cota do people, que estás no Sky,
venerado seja o Teu tag,
venha a nós a Tua dreadzone,
seja feita a Tua cena,
assim na Musgueira como na Rotunda do Relógio.

O BigMac nosso cada dia dá-nos hoje,
perdoa as nossas má-filas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem feito esperas;
e não nos deixes que nos lixem,
mas livra-nos do atrofio e quê.

Yó.

Momento de humor

«Os Eclipses», por Elo D

Experiência estética do dia



Cortesia: Pedrildon Gabrieldson & Sergivaldson Pimenteldson Stupidology Affairs Consulting.
Fig.1 - Ready-made de nível elevado.



«Magnífica obra de arte. Reparem. As formas... A intensidade. O movimento. Magnífica obra de arte. Há dor. Há sofrimento. Sim. Há. Naquela segunda perna do E. Magnífica obra de arte.

A mancha visual. A colocação cuidadosa de cada clip. Há toda uma intencionalidade sígnica. Magnífica obra de arte. Há toda uma recriação do real. Há. O drama daquele clip. Abandonado. A contorção. A solidão. O silêncio. Magnífica obra de arte.

E o contexto de produção? E a historicidade? O correlato metafórico com a contemporaneidade? Há todo um correlato metafórico com a contemporaneidade. Magnífica obra de arte.»


in Os 25 mil anos da Estupidologia, tomo 1, pp. 27-28, 8ªedição, 2005, Lisboa.

sexta-feira

Crie já o seu próprio nome vip

Uma questão de democracia

É. Tem-nos sido colocada esta dúvida com alguma insistência.

Titá. Mivá. Micá. Tachi. Cinhá. Fafí, ... Qual o mistério sintático que subjaz à criação dos nomes das figuras da socialáite?

Eis que - e é a rebeldia - nos preparamos para fugir ao sigilo a que toda uma deontologia da classe estupidológica obriga. Isto porque nós vamos revelar o segredo e - sinto o vosso alívio - todos podemos ter um nome tio.

Indaga você: então como posso eu fazer o meu próprio nome tio?



As Seis Regras para a Condensação Tia do Nome Próprio,
in Manual de Gramática Estupidológica



Regra 1 - A Contracção Tia do Nome Próprio é feita através da aglutinação a) da primeira sílaba do seu primeiro nome (se começar por consoante), ou da sílaba tónica do seu primeiro nome (se começar por vogal); com b) a sílaba tónica do seu segundo nome.

EXEMPLO:



1 - Consoante

Rafaela Sofia --> a) Ra b) fí --> Rafí



2 - Vogal

António Tábuas --> a)b) tá --> Totá


NOTE BEM: Caso a vogal do primeiro nome constitua por si só uma sílaba, o nome é formado a partir das sílabas tónicas do primeiro e segundo nome.

Irina Silva --> a) Ri b) síl --> Risí
Inês Valadas --> a)b) lá --> Nêlá
Anacleto Perdiz --> a) Na b) Diz --> Nadí



Regra 2 - Todo e qualquer substantivo próprio contraído termina sempre numa vogal acentuada.

EXEMPLOS: Bibá. Mafí. Vivá.



Regra 3 - O substantivo próprio contraído é canonicamente composto por quatro letras: duas consoantes e duas vogais.

EXEMPLOS: Micá. Babí. Tatá.



Regra 4 - Na segunda sílaba do substantivo próprio não contraído, quando na sílaba tónica se encontra um g seguido de uma consoante, ela é suprimida.

EXEMPLO: António Mangualde --> a) To b) Guá --> Togá




Regra 5 - O substantivo próprio contraído pode ter cinco letras unica e exclusivamente quando:



1. a sílaba tónica do segundo nome inclua os digrafos ch, nh, e lh.

EXEMPLO - Tomás Machado --> a) To b) Chá --> Tochá



2. a sílaba tónica do primeiro nome inclua três letras, duas das quais consoantes.

EXEMPLO - Andreia Luísa --> a) Dre b) Lu --> Drelú




Regra 6 - O substantivo próprio contraído pode ter seis letras unica e exclusivamente quando a sílaba tónica do primeiro nome inclua os digrafos ch-, nh-, e lh-.

EXEMPLO - Chico Marchal --> a) Chi b) Chá --> Chichá




EXERCÍCIOS

FÁCIL


1. REINALDO GINJAS a)_______ b) _______ =_______
2. SÉRGIO PEDRO a)_______ b) _______ =_______


MÉDIO


3. ANIBAL CAVACO a)_______ b) _______ =_______
4. ANTÓNIO MARÇAL a)_______ b) _______ =_______

DIFÍCIL

5. ANDRÉ LUÍS a)_______ b) _______ =_______
6. ÉRICO DUARTE a)_______ b) _______ =_______

Verbo tar

No presente do indicativo


Eu tou
Tu tás
Ele tá
Nós tamos
Vós tais
Eles tão

quinta-feira

Notícia




Fig.1 - Jornal Metro de 4ª Feira, 16/11/05. Canto superior esquerdo da primeira página.

Obrigado, METRO. Não sabia mesmo. Graças à preciosa informação, tive conversas muito boas nesse dia: «Olha, sabias que as romãs são boas?». Normalmente seguia-se um «Ai são?». E começavam bonitas amizades. Para quando um especial bife com batatas fritas?

Mas - mas - não fosse já de si suficientemente brilhante esta chamada de capa, ao começar a ler a notícia em si deparei-me com...

quinta-feira

O Guia Doraemon da fonética japonesa

Tema: Genérico do Doraemon
Duração: 02:58



konna koto ii na
dekitara ii na
anna yume konna yume ippai aru kedo

minna minna minna
kanaete kureru
fushigina pokke de kanaete kureru

sora wo jiyuu ni tobitai na
(hai! takekoputaa!)

an an an
tottemo daisuki
Doraemon

shukudai touban shiken ni otsukai
anna koto konna koto taihen dakedo

minna minna minna
tasukete kureru
benrina dougu de tasukete kureru

omocha no heitai da
(sore! tototsugeki!)

an an an
tottemo daisuki
Doraemon

anna toko ii na
iketara ii na
kono kuni ano shima takusan aru kedo

minna minna minna
ikasete kureru
mirai no kikai de kanaete kureru

sekai ryokou ni ikitai na
(ufufufu... doko demo Doa!)

an an an
tottemo daisuki
Doraemon

an an an
tottemo daisuki
Doraemon

sexta-feira

O Tuning do Interior





«É injuste. Uns podém fazer tunér. Hã? E outres... Nã ténh cárre. Mas ténh um búrre. Pósse tuná-lo e amanhar umas moças?»


H.H.F., Zebreira


Caro H. H. F.:

Concerteza que sim. Para tal convém artilhar o seu burro, não vão as moças dizer que você não é um homem.

Primeiro, coloque uma ponteira larga no rabo do animal. Assim, sempre que se soltarem os gases de combustão, ele soará a burro de elevada potência.

Depois, trate de preparar os "sapatos" da sua transformação: aplique-lhe umas ferraduras cromadas, batidas a 17 polegadas. Se quiser pode colocar uns neons azuis, que à noite com o trote faz um belo efeito.

Nos bolsos da sela, pode levar umas colunas e ouvir um som como este bonito tema. Não se esqueça dos óculos escuros. Fundamental.

Quando o burro tiver fome, dê-lhe palha 98.

sábado

- Hmmmmmmmm! Esse perfume que puseste...

- ...

- ... dá-me vontade de ...

- Siiiiiiiiiiiiiiim?

- ... de pedir uma piza.

sexta-feira

Muito melhor



- Ai vocês acabaram? Ahhhhhh! Não posso.

- ... bem, também não ia passar o resto da minha vida a ir ao teatro, a fazer canoagem e a tocar guitarra, não é?

- Parece-me óptimo que te abras a coisas novas. Então e agora?

- Vejo televisão e vou ao Messenger.

Merchandising português

No Público de hoje

quinta-feira

Atenção ao pormenor



- ... mas eu já não te amo mais.

- Eu também não te amo mais.

- E, para mais, tu andas metido com a outra e tudo...

- Com efeito. Mas nós somos casados. Lembras-te?

- Ah!, pois-sim-claro-ten'razão-esquece.

Para cantar em americano

Vá, tudo de pé aí em casa.



Quando eu te queria tu rias de mim
When I wanted you, you laugh of me
Nem reparavas que eu estava rescendo
You didn't noticed that I was growing up
Quando eu te queria tu rias de mim
When I wanted you, you laugh of me
Nem reparavas que eu estava rescendo
You didn't noticed that I was growing up
Mas agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger.
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger.

Quando eu queria ser mulher p'ra ti
When I wanted to be your woman
Tu dizias que era muito cedo
You said that it was too early
Quando eu queria ser mulher p'ra ti
When I wanted to be your woman
Tu dizias que era muito cedo
You said that it was too early
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I can say to you:
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger.
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I can say to you:
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger.

Coro
Chorus

Chupa no dedo.
Suck in the finger

Chupa...
Suck...



Quando eu queria que dissesses sim
When I wanted you to say «yes» to me
Deste-me um não que até meteu medo
You said me a «No» that gave me afraid
Quando eu queria que dissesses sim
When I wanted you to say «yes» to me
Deste-me um não que até meteu medo
You said me a «No» that gave me afraid
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger

Quando eu te queria num amor sem fim
When I wanted you in an endless love
Tu me trataste - ai - como um brinquedo
You treated me - oh - like a toy
Quando eu te queria num amor sem fim
When I wanted you in an endless love
Tu me trataste - ai - como um brinquedo
You treated me - oh - like a toy
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger
Agora queres mas eu digo assim
Now you want but I say to you
Chupa, chupa, chupa. Chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger

Coro
Chorus

Chupa no dedo.
Suck in the finger

Chupa...
Suck...



E hoje sou o teu nó na garganta
And now I'm your knot on the throat
A tua insónia, o teu desassossego
Your insomnia, your disturbing thought
E hoje sou o teu nó na garganta
And now I'm your knot on the throat
A tua insónia, o teu desassossego
Your insomnia, your disturbing thought
Agora queres mas sou eu quem manda
Now you want but it's me in charge
Chupa, chupa, chupa, chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger
Agora queres mas sou eu quem manda
Now you want but I now am in charge
Chupa, chupa, chupa, chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger


E hoje sou o teu nó na garganta
And now I'm your knot on the throat
A tua insónia, o teu desassossego
Your insomnia, your disturbing thought
E hoje sou o teu nó na garganta
And now I'm your knot on the throat
A tua insónia, o teu desassossego
Your insomnia, your disturbing thought
Agora queres mas sou eu quem manda
Now you want but it's me in charge
Chupa, chupa, chupa, chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger
Agora queres mas sou eu quem manda
Now you want but I now am in charge
Chupa, chupa, chupa, chupa no dedo
Suck, suck, suck. Suck in the finger

Chupa.
Suck.

Chupa no dedo.
Suck in the finger

Chupa.
Suck.

Chupa no dedo.
Suck in the finger

Chupa. Chupa.
Suck. Suck.

Chupa no dedo.
Suck in the finger



Micaela - Chupa no dedo



quarta-feira

Acta

MCCLVI Congresso Estupidologia: que futuro?

Aos vinte e um dias do mês de Setembro do ano de dois mil e dois, pelas vinte e duas horas e desassete minutos, teve inicio no autocarro número quarenta e quatro da Carris, no sentido Moscavide/Cais do Sodré, o milésimo ducentésimo quinquagésimo sexto Congresso de Estupidologia com a seguinte ordem de trabalhos:

a) A actual conjuntura económica e a produção de conteúdos estupidificadores

b) A Estupidologia e o Choque Tecnológico

Iniciada a sessão, tomou a palavra o Presidente da Ordem dos Estupidólogos que procedeu a uma reflexão meticulosa , com o auxílio de gráficos, diagramas e slides de Powerpoint, da actual conjuntura estupidológica.

De seguida, o Presidente do Coneslho Fiscal fez a transição o para o debate com os estupidólogos da plateia, sublinhando as principais problemáticas a ressalvar do diagnóstico feito pelo Presidente da Ordem dos Estupidólogos.

Relativamente ao primeiro tema, concluiu-se que o preço do petróleo, a subida do IVA para vinte e um por cento e a respectiva subida dos preços não influenciaram a absorção de conteúdos estúpidos.

Segundo os estupidólogos com formação na área da Estupidologia Económica, se os preços sobem e o consumo se mantém, logo, estamos a falar de bens de reduzida elasticidade. Quer isto dizer, consideram, que os livros da Margarida Rebelo Pinto ou o CD dos D'ZRT são bens essenciais ou de primeira necessidade, conferindo desta forma toda a legitimidade epistemológica à Estupidologia.

Relativamente ao segundo tema do Congresso, houve unanimidade no respeitante às mutações que têm vindo a operar no seio do fenómeno estupidológico.

Com efeito, afigurou-se aos participantes como nevrálgico acompanhar os novos nichos de grande potencial estupidológico. Para tal, segundo o Presidente da Ordem dos Estupidólogos, o blog estupidológico deve promover um verdadeiro Choque Tecnológico.

A este respeito, foi aprovada por unanimidade a necessidade de manter os estupidólogos, desde os wannabe, aos hardcore, passando pelos curiosos, na linha da frente da evolução conjuntural estupidológica. Neste sentido, foram colocadas algumas sugestões como a construção de uma base de dados de blogs, livros e cd's estupidificantes. Trata-se de, segundo o Presidente da Assembleia, democratizar o acesso à estupidez.

E nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a sessão, da qual se lavrou a presente acta, que depois de lida e aprovada vai ser assinada pelos membros da mesa da Assembleia Geral.

O Congresso terminou às vinte e três horas e sete minutos, com os primeiros participantes a sair na paragem das Picoas ali como quem vai para a Estefânia.

Post minimalista



terça-feira

A indignação



- [...] Ai não percebeste, ó falsa?, ai não percebeste? Ou és cínica, ou és estúpida!

- O quê? Ouve lá: tu não me voltas a chamar cínica, ouviste?

sábado

Tloc, tloc. Tloc, tloc. Tloc, tloc.

A importância das socas no ritual reprodutivo


Numa sociedade tão competitiva, é essencial à mulher urbana da contemporaneidade integrar-se na Nova Ordem Estupidológica - não vá uma pessoa sentir-se deslocada - nomeadamente no que diz respeito aos procedimentos dos rituais de reprodução.

Com efeito, existem metodologias que permitem atraír à bruta potenciais parceiros por forma a que você - sim, você!, mulher urbana da contemporaneidade - possa proceder a uma selecção mais apurada e criteriosa do seu macho.

Sim, porque - pá - se há coisa difícil na vida de uma melhér órbana da contemporaneidade, ele é isso lá de atraír machos que procedam à sua fertilização. São dramas, ao fim e ao cabo.

Mas aí problematiza a mulher urbana da contemporaneidade: «Não s'm'acredito! Então mas de que forma posso eu superar este tão árduo, aflitivo, penoso drama da atracção dos machos que tanto me apoquenta?»

Vá, pronto. Chorar para quê? Não desanime. Agora existem as socas!






Fig.1 - Alegria.

Dito isto, após aturada reflexão, indaga você novamente, pondo inclusivamente em causa todos os sistemas filosóficos construídos ao longo da História da Humanidade: «Então mas... graças às socas posso chegar à felicidade?»

Evidente que sim.

Imagine-se percorrendo o mármore branco em cima das suas mui lustrosas socas. Há altivez. Há glória. Há majestade. Sim. Há toda uma superioridade.

Tloc, tloc. Tloc, tloc. Tloc, tloc.

Nisto, os homens que estão em seu redor levantam os olhos do jornal. Sim e - aaaaaah!, visão pá - eles procuram por você com o olhar. «Ás dond'anda ela?»

E será por causa do barulho da xanata? Que disparate, não. É porq' as socas são como a estrela do Super Mário. Têm poderes. Agora, quando as calça, você é muito, mas muito bela. Quase q'alumia.

E você - heeeein, cheia de sorte! - repara que reparam em si e fica contentinha. E é então que, com a mão, sacode decidida o cabelo comprido para trás dos ombros, arrebita o nariz enquanto fecha os olhos por um instante, e caminha pelo mármore branco fora.

Tloc-tloc, tloc-tloc, tloc-tloc, e pensa você: «Ena. Se estão tantos a olhar para mim, é porque o meu património genético se afigura como sendo de uma qualidade reconhecida na generalidade da população como "bastante significativa"».

Todas estas emoções graças às socas.

quarta-feira

El orgullo en ser portugués



Estoy muy orgulloso en ser portugués. ¿Vale? No tenemos securidad social, no tenemos empreendedorismo fuerte, no tenemos enseñanza, pero ¡no pasa nada!

¡Si!, porque por otro lado, nosotros tenemos...

Estoy muy orgulloso en ser portugués.

Revisões

Uau!, pá!

O regresso às aulas está quase aí! O material escolar cheira a novo. Ele é o caderno, ele é a borracha, ele é o lápes,...

Há outra motivação no ar. Por isso, e a pensar em vós - petizes - que tanto anseiam por regressar às actividades estupidológicas, resolvemos elaborar uma ficha de revisões para refrescar as ideias.

E tudo para que um dia se possam tornar estupidólogos de sucesso.

1. Substitui no texto abaixo os sinais de pontuação pelas expressões correspondentes. Relembra-te que:

! - c*r*lh*
, - f*d*-s*
. - Pá
; - Pá, f*d*-s*
... - tipo, tazaver?


«Foi em Setembro que te conheci.Trazias nos olhos a luz de Maio. Nas mãos o calor de Agosto. E um sorriso... Um sorriso tão grande que não cabia no tempo.

Ouve, vamos ver o mar. Foste o trinta de Fevereiro de um ano por inventar.

Falámos... falámos coisas tão loucas que acabámos em silêncio por unir as nossas bocas, ... E eu aprendi a amar.

Sim, eu sei que tudo são recordações. Sim, eu sei é triste viver de ilusões. Mas tu foste a mais linda história de amor que um dia me aconteceu. E recordar é viver! Só tu e eu!

Foi em Novembro que partiste. Levavas nos olhos as chuvas de Março e nas mãos o mês frio de Janeiro. Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia.

E eu, eu queria ser forte, respondi que tinha frio. Falei-te do vento norte.

Não, não me digas adeus. Quem sabe, talvez um dia... como eu tremia, meu Deus. Amei como nunca amei. Fui louco, não sei, talvez. Mas por pouco, por muito pouco eu voltaria a ser louco. Amar-te-ia outra vez.»


2. Aplica a substituição dos sinais de pontuação a todo o tipo de textos. Pede ajuda a um adulto.

__ __ __ __ __ __ __ __

Por que é que Soares se candidatou às presidenciais? Por que é que o INEM e as Associações de Bombeiros estão sempre em conflito? Por que é que a Quercus e a Galp se dão tão bem? Por que é que todos os anos há fogos florestais? Por que é que existe o extra queijo nas pizas?


Deep moment




Dâi áre jâst singâle wordeees
séde by the windeeee
wén you're auâi.

De náite fáles on me
and I feel the mooooment...
I look baaaack...

(Uuuuuuuu)

Lost wordes
stây in the sáilensse
Oh, I loose my máindeeeee.
Forgotten memóries, I fíle something-like-a-nirvaaaana
It's a whole illusioooooon

(All together!)




Iiiiif I feeeeel that I can't do it!, (that I can't do it)
To face the wúndes of the past
Ohhhh... (Of the paaaaaast)
It's becóse you're not always giving me
The certain that you wânte to sténde bái mi
Oh, bái mi (Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...)

When I spik áute
My deep-deep feelings
I can't stand a-ny-more
to stay in sáilensse,
to áide the moments
I want mooore

Lost words
stay in the sáilensse
Oh, I loose my miiiiind.
Forgotten memóries, I feel something-like-a-nirvaaaana
It's a whooooooooole illusion


(All together!)




Iiiiif I feel that I can't do it!, (that I can't do it)
To face the the wúndes of the past (Of the paaaast)
It's becóse you're not always giving me
The certain that you want to stand by meeeee

(Put the cream number five!)



(Bem alto agora!)

Iiiiif I feel that I can't do it!, (that I can't do it)
To face the the wúndes of the past (Of the past)
It's becóse you're not always giving me
The certain that you want to stand by me
Oh, by meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

Oh, by meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


Beto - Palavras Esquecidas

terça-feira

Pensamento do dia


«Aserejé, ja deje tejebe tude jebere. Sebiunouba majabi an de bugui an de buididipí»

Las Ketchup

segunda-feira

Desculpem!, ninguém tem um blog!

Raciocínio estúpido V



1. As pitas têm blogs.
2. Eu tenho um blog.

Logo,

eu sou uma pita.

Desculpem!, ninguém tem um blog!

Raciocínio estúpido IV


1. Quem tem um blog é narcisista.
2. Quem passa a vida a falar de si é narcisista.

Logo,

quem passa a vida a falar de si tem um blog.

Desculpem!, ninguém tem um blog!

Raciocínio estúpido III



1. Imitar é medíocre.
2. Ter um blog é imitar.

Logo,

ter um blog é medíocre

domingo

Cassetes sociológicas

História inundada de moral IV

No outro dia fui ao supermercado e na hora de receber o troco não havia moedas.

Perguntei: «Os meus dois cêntimos?». E respondeu: «Estamos com falta de trocos». «Desculpe?», disse eu. «Estamos com falta de trocos», repetiu.

E eu diss'assim: «Se tem ou não, não sei; mas não saio daqui sem o meu troco».

Faltas de trocos pr'aqui, faltas de trocos pr'ali... Tem que ser assim com esta gente.


Desde quando é que não há troco para os clientes? Queriam era ficar com o meu dinheiro. Realmente há pessoas que se acham mais cázoutras. Perderam-se os valores; já não há respeito.

Eu, quand'é assim - ai eu é logo - ...

Cassetes sociológicas

História inundada de moral III

No outro dia fui à charcutaria do minimercado da dona Otília buscar fiambre para as sandes da minha neta.

Perguntei: «Podia cortar-mas fininhas?». E respondeu: «A laminadora está avariada. Posso pesar das já cortadas?». «Desculpe?», disse eu. «A laminadora está avariada. Posso pesar das já cortadas», repetiu.

E eu diss'assim: «Não». Ali!

Avarias pr'aqui, avarias pr'ali... Tem que ser assim com esta gente.


Desde quando é que eu tenho que permitir que me roubem nas fatias mais grossas? Realmente há pessoas que se acham mais cázoutras. Perderam-se os valores; já não há respeito.

Eu, quand'é assim - ai eu é logo - ...

Cassetes sociológicas

História inundada de moral II

No outro dia ia a entrar para um transporte público e uma senhora tirou-me a vez de entrar.

Perguntei-lhe: «Então mas o que é isto?». E respondeu: «Ia perguntar ao motorista se a camioneta passa à Barroca». «Desculpe?», disse eu. «Ia perguntar ao motorista se a camioneta passa à Barroca», repetiu.

E eu diss'assim: «Pergunte, mas na sua vez». Ali!

Barroca pr'aqui, Barroca pr'ali... Tem que ser assim com esta gente.


Desde quando é que se pode saír da fila? Realmente há pessoas que se acham mais cázoutras. Perderam-se os valores; já não há respeito.

Eu, quand'é assim - ai eu é logo - ...

Cassetes sociológicas

História inundada de moral I

No outro dia ligou-me um senhor e pediu-me para passar uma chamada para já-não-sei-onde.

Perguntei-lhe: «Quem fala?». E respondeu: «Daqui fala Engenheiro Silva». «Desculpe?», disse eu. «Engenheiro Silva», repetiu.

E eu diss'assim: «Engenheiro é nome ou apelido?» Ali!

Engenheiro pr'aqui, engenheiro pr'ali... Tem que ser assim com esta gente.


Engenheiro faz parte do nome desde quando? Realmente há pessoas que se acham mais cázoutras. Perderam-se os valores; já não há respeito.

Eu, quand'é assim - ai eu é logo - ...

Crítica construtiva


Imaginemos que vemos alguém fazer uma grande azelhice.

Para quê gritar estapafurdicamente «Seu(sua) atrasado(a) mental» e magoar os seus sentimentos quando podemos chegar junto da pessoa e - com a voz modulada e serena, com correcção e delicadeza - dizer «Olha, apresentas de facto consideráveis dificuldades de raciocínio»?

Assim sim, vale a pena.

sexta-feira

Atelier de Estupidologia Prática



1. Lê com atenção o enunciado que se segue.





Gender: Female

Age: 22

Birthday: May 13

Status: Single

Location: Montijo

Country: Portugal

Interests: Música, cinema, gatos. Mas tudo depende do dia, da maré e da disposição dos planetas. Por exemplo há dias em que gosto de bigornas ou de parafusos com cabeça sextavada.

Favorite Books: De tudo um pouco. É um espectro imenso que vai desde o Código Davinci aos livros de bolso que vêm com a Telenovelas.


Favorite Quote: «Eu gosto de estar debaixo de água, é reconfortante»


Favorite Music: Depende do estado de espírito. Umas vezes relaxo com Chopin. Outras há em que solto a franga com a Ana Malhoa.

Favorite TV Shows: Séres. Ai as séres. O que eu me divirto com as séres. Gosto de séres, sim, mas atenção: depende das séres. Porq'anda aí muita sére que - quer dizer - ...

Favorite Movies: Depende da hora. Se for mais da parte da manhã vejo cinema polaco da década de 50; da parte da tarde já não porque como é depois de almoço e a digestão ainda demora a fazer, prefiro uma coisinha mais leve. Mas às tardes também depende. Se for aos domingos e feriados, gosto de uma boa comédia. Agora, se for durante a semana, já muda tudo.

in www.hi5.com

a) Preenche os espaços em branco

Olá _____________ (O nome da gaja)!


Tudo bem? Pois é. Está fresquinho. Tudo bem, vá, que estava mais abafado da parte da manhã, mas agora nota-se que já corre uma aragenzinha.


Olha, andava eu aqui nas pesquisas no HI5 quando - co'a breca!, perfeitamente ao acaso - me deparei com o teu perfil.

E ena, que perfil. Sim senhor! Pois que também eu gosto bastante de ___________ (o nome da música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil), de _____________ (o nome de outra música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil), de ________________ (o nome de outra música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil), isto para não te falar do ___________ (o nome de outra música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil).

Ah, e como é raro nos dias que correm encontrar alguém que realmente entenda ________________ (o nome de uma música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil). A mensagem. As sensações. É deveras qualquer coisa.


Aliás, devo confessar-te que _________________ (o nome dessa música/livro/filme/programa de TV em particular) chegou mesmo a marcar a minha vida. É verdade. Fiquei muito triste por causa de ______________________ (episódio triste da tua vida). Se não fosse o _________________ (o nome de uma das música/livro/filme/programa de TV que ela refira no seu perfil), teria sido muito mais dificil superar a dor daquele momento.


Pois que sim, que temos mesmo muito - himalaias - em comum. Por isso, gostava de poder conversar contigo para podermos realizar - enfim, sei lá - algum intercâmbio cultural. Queres fazer intercâmbio cultural comigo?



b) Envia o teu discurso pré-formatado ao maior número possível de contactos do hi5 com foto pelos quais tenhas algum interesse em desenvolver algum tipo de intercâmbio.



c) Discute à mesa do café o seguinte tema:

«Eu gosto de estar debaixo de água, é reconfortante»

terça-feira

Momento etnográfico




José Malhoa - Aperta Com Ela

Ainda te lembras amor
Como tudo começou?
Se te esqueceste eu nããão... [...eu nããão]

Nosso primeiro beija-beija
Foi atras da Igrej'
No bailarico d'Verããão [...d'Verããão]

A lua estava a sorriiir
A tua boca a pedir
E toda a aldeia tambééém [... tambééémmm]]

A querer-nos ver acertar
E para m'encorajar
Ainda me lembro meu bem...

(Todos bem alto, agora!)



Toda malta gritou
Até o padre ajudou
Apert'aperta com eeeeela

A banda sempr'a tocar
O Povo todo a cantar
Apert'aperta comeeeeela

Nós apertámos os dois
Então ai é que foi
Apert'aperta com eeeeela

Assim amor pois então
Começou nossa pai-xão
Nesse bail' de Verão.


(Virou!)


(assim é que s'inchopa!)


(Sai uma bifana p'ó Catita)



Ainda te lembras amor
Como tudo começor?
Se te esqueceste, eu nããão... [... eu nããão]

Nosso primeiro beija-beija
Foi atras da Igreja
Num bailarico de Verããão. [... d'Verããão]

A lua estava a sorrir
A tua boca a pedir
E toda a aldeia tambééém [tambééém]

A querer nos ver acertar
E para m' encorajar
Ainda me lembro meu bem...



Toda malta gritou
Até o padre ajudou
Apert'aperta com eeeeela

A banda sempre a tocar
O Povo todo a cantar
Apert'aperta com eeeeela

Nós apertámos os dois
Então ai é que foi
Apert'aperta com eeeeela [... com eeeela]

Assim amor pois então
Começou nossa pai-xão
Nesse baile de verããão

(É a doideira completa)


(... puxxxxxxxxxxa!)




Toda malta gritou
Até o padre ajudou
Aperta aperta com eeeeela

A banda sempre a tocar
O Povo todo a cantar
Apert'perta com eeeeela

Nós apertámos os dois
Então aí é que foi
Apert'aperta com eeeeela

Assim amor pois então
Começou nossa pai-xão
Nesse baile de verããão

(Mais uma?)



Toda malta gritou
Até o padre ajudou
Apert'aperta com eeeeela

A banda sempre a tocar
O Povo todo a cantar
Apert'aperta com eeeeela

Nós apertámos os dois
Então aí é que foi
Apert'aperta com eeeeela

Assim amor pois então
Começou nossa pai-xão
Nesse baile de verããão

quinta-feira

terça-feira

«Ao contrário do que outras publicações avançam, ... »



Como todo o universo sabe - porque há assuntos importantes para os quais temos que estar bem conscientes -, toda esta história em torno de Ernst de Hannover tem vindo a gerar - pá, àgua, não-àgua, àgua, não-àgua... - muita polémica.

Primeiro pensámos - enfim - com alguma estranheza: «Ernst de Hannover? Então mas ele não se tinha transferido do Werder Bremen para o Shalke04?»

Depois, com a leitura esmiuçada de tão importante notícia, colocaram-se-nos questões - pá, mais profundas, mais inquietantes - de âmbito ético. É que..., já pensaram bem?: e se um paparazzi vos apanha a beber àgua? Hmm? «Ahaaaa!! Com que então a beber àgua, hein?», ou «isso, figura pública, bebe a aguinha toda, bebe, qu'é p'ra eu pagar o colégio este mês às miúdas»

E aí, como fica a reputação da pessoa fotografada? Hmm? E como é que depois se enfrentam os comentários? «Olha, lá está ele a beber àgua». Ou «olha, que desagradável este q'vem aqui na revista».

Bebam àgua, bebam, e depois, venham cá dizer que apareceram na Nova Gente.

Connections



Nome: Professor Karamba
Profissão: Astrólogo
Morada: Av. de Roma, nº35, 4ºesq, 1700-340 Lisboa
Telefone: 21 781 79 00
e-mail: prof-karamba@iol.pt

quarta-feira

Tarefas penosas

Coordenar

Aqui há dias - há uma semana-e-picos - fui confrontado com a existência de um posto profissonal pelo qual passei a sentir uma profunda admiração. O coordenador.

E o que é que faz concretamente um coordenador?, perguntam vocês e bem, como de costume.

O coordenador coordena toda a coordenação por forma a que tudo saia coordenadamente coordenado, desde que no entanto - sublinhe-se a advertência - trate de uma realidade susceptível de alguma coordenabilidade.

Mas aí ouvem-se algunsde vós - mais cépticos, mas também mais perspicazes - tecer as seguintes considerações:

«a) - Ah, mas essa definição de coordenador afigura-se-me como manifestamente insuficiente, para não dizer atentatória tanto de uma clarificação conceptual transparente como de uma fixidez significacional que delimite com exactidão o campo semântico do termo;

b - e, já agora, que contributo terá a dar um coordenador para um projecto civilizacional de Humanidade mais feliz ou, pelo menos, incentivador da saúde da economia mundial?»

Pois bem. Quanto à questão da definição, é clara como eleições em países africanos. Relativamente ao segundo problema, devemos dizer que sem coordenadores, tudo estaria descoordenado. Se temos um ou outro aspecto da nossa vida em que existe alguma coordenação, é graças aos coordenadores, que tanto suor deixam na árdua tarefa de coordenar.

Por isso, Portugal precisa de coordenadores. Urge apostar no capital humano - educando, formando, pá, sim, isso, formando! - para que entrem no mercado de trabalho recursos humanos com competências coordenativas.

E é um cargo motivante. Por que não - qual sacerdócio - seguir esta vida da coordenação?

1. O estatuto

Desde logo, só de pronunciar. Co-or-denador. Para obter o mesmo efeito de andar de descapotável numa marginal algarvia em Agosto, mas no trabalho, também se pode colocar a palavra numa chapinha, no blazer.

2. A necessidade

Já pensaram bem na falta que faz ter um coordenador por perto no trabalho?:


- Ó queléga, com'é que se faz isto?

- Não sei, iss'é melhor falar com o coordenador.



- Ó queléga, com'é que se faz aquilo?

- Não sei, iss'é melhor falar com o coordenador.



- Ó fáchavôr, aprovam-me o orçamento, ou não?

- Não sei, meu caro; Isso cheira-me a assunto para marcar uma reunião com o coordenador.


3. A dinâmica

- Bláblábláblá e - ui - agora com o NIKKEI a adequar-se à tendência europeia da subida do preço do leite em pó...

- Shhh!

- ...

- O coordenador está no escritório a coordenar.



4. O reconhecimento

Há profissão com mais reconhecimento que a de coordenador?

- Ena. Há tanto tempo que não te via.
- Pois, agora estou a trabalhar.
- Ai é? Ena. O que é que fazes?
- Sou coordenador.


E é logo outro respeito.

terça-feira

Portugal precisa é de coca I

a) para animar a procura interna?


Temos que ser medérnos, pá. Ôpénmáindes.

Era bom - óptimo - que vivêssemos num país, hã?, que não tivesse preconceitos pá com as pessoas q'usam droga. Ond'é q'já s'viu? Hmmm? Uma pessoa não pód'agora desinibire? Hmm? Por q'é que não somos como os países ká-lá-fora? Hmmm?



Fig.1 - Pai numa atitude pedagógica: Ond'é q'já s'viu? Hmmm?


Atão não sería bom, quase a roçar o agradável, ir ao supermercado e dizer:

- Olhe, bom dia, eram duzentas de coca.

- Bom dia, Don'Arlinda. 'Tá boa?

- Ah, vai-se andando, vai-se andando. A espandilose lá m'anda outra vez a arrepanhar as costas...

- Isso é que é mau, isso é que é mau. Então são duzentas, não é?

- Pois. Ponha maizómênos. É q'aminha máinóva diz q'lá na escola qu'é muito caro, qu'é muito caro, qu'é muito caro e assim, olha, eu faço-lhos e ela leva-os já enroladinhos de casa dentro dum tamparuére.

- Faz bem, faz bem, [qu'isto 'tá mau, sabe?, mais vale fazer qdo que comprar feito, é o que é...]. Vai desejar levar também palhinha para a sua filha?

-Ai, obrigadinha, don'Ódéte, mas a minha mais nova gosta mesmo é de a fumar, sabe? Porq'ela - tsc - já 'tá uma melhér e sabe o que quer. Olhe, veja lá q'inda no outro dia veio ter comigo arreliada, arreliada, arreliada, que lá na escola diz-q' todágente faz carreirinhas de coca e começam a fungar pela palhoca, e q'aquilo q'é'ma moda, é o que é. Ela não. Ah!, ela - q'é muit'inteligente e q'me disse 'inda no outro dia q'está a pensar inclusivamente em entrar pá óniversidade, hã? - diz q'é tud'uma imitação pegada. Ai pá.

- Realmente bláblábláblá...


Mas aí, entrarão certamente alguns de vós e dizem: "uma coisa é cocaína; outra são drogas leves".

Pá,-tá-bem, mas sucede que são os próprios utilizadores da cocaína - eles mesmo, [hã?] - a dizer que não vicia nada e q'é coisa levezinha - coisa para caír bem com um peixinho grelhado e c'uma batatinha a acompanhar.
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