Olá pequenada! Vamos ouvir uma historinha antes de ir fazer ó-ó.
Boa? Boa! Então cá vai.
Era uma vez o nosso êrói – com «e» - um Emperador Jorge Dâblio Bunche que vivia num país muito, muito distante, muito próspero e onde todos eram felizes. O mundo vivia em paz e com muita ligría.
Certo dia, no seu castelo encantado, quando estava rodeado dos seus sapientes conselheiros, um deles lhe diz:
- Senhor, Senhor, o nosso próspero país está a ficar sem petróleo! Os nossos simpáticos e sorridentes amigos da Venezuela deixaram de nos dar petróleo e agora temos que o pedir aos povos maus.
O Emperador ficou muito triste e infeliz porque sabia que sem petróleo o seu povo iria ficar cada vez mais pobre e cada vez mais triste. Os povos maus tinham magos com poderes muito misteriosos. Havia uma lenda muito antiga que falava no poder do
kamehame-do-Mal-em-forma-de-cogumelo. Quem dominasse esse poder seria o Imperador do Mundo e teria muito petróleo.
- Oh, como vai o povo ganhar o pão? Estou - oh - tão preocupado com o meu povo. Sim, oh, com o meu povo. Martírio. Oh, angústia! – dizia o Emperador
Os conselheiros, sábia e serenamente, aconselharam-lhe calma.
- Emperador, por que não invade um país do Mal que tenha petróleo?
- Arábia Saudita?
- Muito forte.
- Yemen.
- Dava só para uns anitos.
- Irão?
- Nááá. O kamehame deles é muito poderoso!
- Iraque?
E assim decidiram.
No entanto, muitas nações do mundo acharam muito feio que o Imperador queria fazer. A invadir outro povo? Ai, ai, ai, ai, ai , ai. Que malandrecos! Isso é muito feio e não se faz.
O nosso amiguinho Emperador com «e» ficou muito triste e fez beiçinho. Até que... teve uma ideia!
- E se disséssemos às outras nações do mundo que o Iraque tem um
kamehame-do-Mal-em-forma-de-cogumelo muito poderoso que pode acabar com o mundo para sempre?
- Oh, Jorge! – respondeu o conselheiro. Mentir é muito feio e não se faz. Levas tau-tau. Vou ter que te dar duas palmadas nesse rabiosque.
Entretanto, numa sala onde se juntaram os magos e as corujas de todas as nações do mundo, os enviados do Emperador tinham ordens para os convencer daquela mentira malandreca.
Só que os outros povos não deram o seu aval porque praticar o bem é muito importante. A guerra é uma coisa muito feia e não se faz. Não se faz mal às outras pessoas. Coitadinhas.
O Emperador ficou muito triste e fez beiçinho. Começou a chorar, a choramingar, a berrar, a ficar louro, os músculos a crescer, a roupa a alargar, as têmperas a latejar, o peito a sair do blazer. Tinha-se transformado em super-guerreiro!
Dragon Ball ZZZWRC, energia total.
Dragon Ball ZZZTDI, em luta contra o mal!!!!!
E lá foi ele para a guerra. Ele tinha que fingir que ia à procura do kamehame iraquiano –esse ultrapoder - que podia destruir a humanidade para lhes sacar o petróleo de que ele precisava.
E assim fez.
Satan-Hussein era o nome do seu rival. Como não sabia fazer o poder do,
kamehame-do-Mal-em-forma-de-cogumelo fugiu de tractor para uma horta, onde adoptou o cultivo da couve, que veio entretanto a descobrir que se dava bem no deserto.
No entanto, apesar de ganhar a guerra, o povo do Emperador, não viveu feliz para sempre, e muito menos o próprio Emperador. Primeiro porque – coitado – mal sabia escrever. Depois porque o povo pensava que ele ia encontrar e anular o kamehame iraquiano (
do-Mal-em-forma-de-cogumelo) e tornar a sua nação forte, orgulhosamente poderosa e pujante.
Quanto ao kamehame iraquiano, era apenas um mito. Nem era arma, nem provocava destruição, muito menos maciça. Os outros países sentiram-se aldrabados mas fingiram que não era nada com eles porque o Jorge, apesar de mal saber ler, também sabia fazer o kamehame, muito por culpa do Einstein.
Moral da História
Versão académica:
A moral desta história é que a História não tem moral.
Versão pequenada:
Engana os outros meninos: rouba-lhes os guelas, os cromos, e os power-rangers.