Estupidologia s. f. - Ciência que estuda a auto-repressão voluntaria da razão e dos sentimentos; interesse pragmatico-investigativo pelos non-sense da vida em colectividade; teoria matemática que defende existir uma relação de proporção directa entre a sensação de felicidade e a acção de mecanismos primários do homem; designação do maior, mais antigo e poderoso lobbie do mundo; empresa familiar de farturas; nome de um blog

quinta-feira

Não vejo razão para tanta celeuma


Disse Ang Lee em resposta às "vozes do preconceito" que se levantaram em torno do filme Brokeback Mountain, a história de dois cobóis que se apaixonam:

«Pois que sim, que se trata de um filme que testa os "limites ilimitados" do Amor, que pretende falar do Amor de forma universal e sem preconceitos, portanto não vejo razão para tanta celeuma».

Claro que o que pretendia não era que o filme ressaltasse no meio do ruído competitivo de tanto cinema. Não. Alguma vez? Evidente que, qual empreendimento humanista e caridoso, era isso de combater os - ai, como é que se diz? - preconceitos.

Por isso, pergunto eu: para quando a sequela?

Aventando como seria: eles separavam-se porque um deles conhecia no decurso da sua vida outro ser especial. Um ser que - como dizer? - o incendiava de paixão. A tal ponto que um dia, ele decidiria ter uma conversa de cobói para cobói com o seu companheiro.

« - Amor, temos que falar sobre a nossa relação»; « - Que foi? Há outra pessoa?»; «- A Mimosa do celeiro, a mais malhadinha»; «- Como pudeste? Com uma vaca? Seu tarado»; « - Mas eu, mas-mas-mas... mas eu gosto dela...», e enfim, seguir-se-ia toda uma trama dramática, até à resolução do conflito interior do pobre cobói reprimido pelo mundo: a cena do fogoso beijo de paixão, do beijo do cobói e da vaca.

Do binómio homem-homem passar-se-ia para o binómio homem-vaca.

Nisto, dirão vocês, pessoas perfeitamente integradas no seio da sociedade contemporânea, enfim, com elevados índices de adaptação às normas sociais vigentes: «Ai que horror. Uma vaca? Ai que horror. Mas que javardice vai nessa cabeça? Que sem-vergonhiçe barata. E [ressaltaria entretanto a vossa veia cinéfila] não se trataria isso da sujeição de uma personagem humana a uma situação limite com níveis de inverosimilhança demasiado elevados?».

E eu responderia, como Ang Lee : «Pois que sim, que se trata de um filme que que testa os "limites ilimitados" do Amor, que pretende falar do Amor de forma universal e sem preconceitos, portanto não vejo razão para tanta celeuma».

sexta-feira

Nossa Senhora de Fátima

vs.


«Quem vier, morre.»

Luís Filipe Vieira, 10.03.06, Paris

Vamos rir?

Mas assim à parva, hã?

- Onde é que fica o Canal da Mancha?
- Não sei, só tenho quatro canais...


Malucos do Riso, 03.03.2006
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