Estupidologia s. f. - Ciência que estuda a auto-repressão voluntaria da razão e dos sentimentos; interesse pragmatico-investigativo pelos non-sense da vida em colectividade; teoria matemática que defende existir uma relação de proporção directa entre a sensação de felicidade e a acção de mecanismos primários do homem; designação do maior, mais antigo e poderoso lobbie do mundo; empresa familiar de farturas; nome de um blog

segunda-feira

A problemática da deslocalização em casais de meia idade



- ... e de maneiras q’acabei tudo c’o Carlos Emanuel. – dizia por entre a confusão uma voz feminina e pouco contida, que vinha de um dos longínquos bancos da frente do autocarro.


- Que se passou? – correspondeu a outra, deixando de remexer o saco do supermercado que levava no colo.



- Veio ter comigo a dizer . tsc - que não sei quê, que não sei que mais e – vê lá tu o desplante – que ist’e mais aquilo.



- Ai ele fez isso? Como pôde ele ter dit... ? Coitada. Deves ter ficado mesmo muito magoada!



- Ah pois, que fiquei arreliada. Mas – o que é que tu ju'gas? - eu disse-l'e log’ali: Carlos Emanuel, está tudo acabad'entre nós!



- Bah! Foste lá capaz de dizer iss’ao teu homem... então alguma vez ias deitar fora dessa maneira doze anos, oito meses, uma semana e quatro dias de amor assim 'ó ar, assim 'ó ar, assim 'ó ar?



- Ah, pois fui! – exclamou com propriedade, por entre um queixo erguido e uma sobrancelha semicerrada.



- Então e ele? E ele? E ele? – correspondeu esbugalhando os olhos como quem espera o resultado da votação da quinta das celebridades.



- Ele disse m’assim: «Maria Arlete: mas eu, mas, mas, mas...».



- Ainda por cima? Ah!, mas que descaramento...! Toda a gente sabe que isso é daquele tipo de coisa que não se diz entre duas pessoas que têm um – ai, com’é q’diz agora a malta nova? – relanssiunamento...



- Pois. Mas isso faz tudo parte do passado porq’agora – ah!, agora... – posso assumir tudo c’o Zé Pires.




- ... e de maneira que acabei tudo c’o Zé Pires... - dizia uma voz feminina, vinda de um dos bancos de trás.

Liberta o MacGyver que há em ti



sexta-feira

Momento de Karaoke

BANDA - BoyZone (Zona Bovina)
MÚSICA - When you say nothing at all (Quando estás em silêncio)



It´s amazing
É uma coisa impressionante


How you can speak right to my heart
A maneira como tu - tunga - consegues falar directament'ó meu coração


Without saying a word, you can light up the dark
Estando tu em silêncio, alumias a escuridão


Try as I may
Tento à parva


I could never explain
Mas não consiiiiiiigo dezêr


What I hear when you don´t say a thing
O q' oiço quando tu estás em silêncioooooo



The smile on your face
O sorrir do teu rosto


Lets me know that you need me
Permite-me inferir que necessitas de acompanhamento individual


There´s a truth in your eyes
Há toda uma verdade nos teus olhos pá


Saying you´ll never leave me
Que diz que nunca mais te chispas


The touch of your hand says you´ll catch me
Toda essa atenciosidade me diz que não m'irás deslargaaar


whenever I fall
Quando eu perder a absoluta noção da força da gravidaaaaaade


You say it best
Mas quando falas mesmo bem...


When you say nothing at all
É quando estás em silêêêêêncio


(láiláilái...)


All day long i can hear
Durante todo um dia consigo ouvir inclusivamente


people talking out loud
toda uma panóplia de gente a falar com uma intensidade considerável


But when you hold me near you drown out the crowd
mas quando estás por perto, emerges em silêncio


(The crowd)
(em silêêêêncio)


Try as they may they can never define
Tente-se por onde se tentar, nunca se pode definir


What´s been said between your heart and mine
todo um conjunto de palavras trocadas em silênciooo


[Todos agora]


The smile on your face
O sorriiiiir do teu rosto

Lets me know that you need me
Permite-me inferir que necessitas de todo um acompanhamento individual


There´s a truth in your eyes
Há toda uma verdade nos teus olhos pá


Saying you´ll never leave me
Que diz que tu nunca mais te chispas


The touch of your hand says you´ll catch me
Teu afago me diz que jamais m'irás deslargar


whenever I fall
Sempre que eu perca a absoluta noção das forças da gravidaaaaaade


You say it best
Mas quando falas mesmo bem...


When you say nothing at all
É quando estás em silêêêêêncio

(lááááái... lái-lálálái-lái... Tudo a aproveitar o momento Braveheart da melodia!)

[e é a subir de tom]


The smile on your face
O sorriiiiir do teu rosto


Lets me know that you need me
Permite-me inferir que necessitas de todo um acompanhamento individual


There´s a truth in your eyes
Há toda uma verdade nos teus olhos pá


Saying you´ll never leave me
Que diz que tu nunca mais te chispas


The touch of your hand says you´ll catch me
Teu afago me diz que não m'irás deslargaaaaaareee


whenever I fall
Quando eu perder a absoluta noção da força da gravidaaaaaade


You say it best
Mas quando falas mesmo bem...


When you say nothing at all
É quando estás em silêêêêêêêêêncio

Cantemos em uníssono



Foi no dia 13 de Maiooooooooo...
qu' ela apareceeeeeeeeeeeu.

terça-feira

Um post para as baleias

Porque a comunidade cetácea também merece


eeeeeeeeeeeoooooooooooooooouuuuuunnnnnnn...
nhiiiiiiiiiiiiiiiiiiiieeeeeeeeaaaaaaaaaaaahnn...
Yaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanh

Uuuuuuuuuuuuuuuu... uuuuuuuuu... uuuu...
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... iiiiiiiee... eeeeaaaaa... aaaah...
Ooooooouuuueeeeeaaaauuuuuuuuuuuuuuuuun...

sábado

O rei do Martim Moniz


O homem fedia, é certo, mas ali havia charme.

Era um indiano de polainas reluzentes lambidas a graxa., Estava de perna cruzada, sentado em cima de uma caixa de cartão a dizer Neoblanc Gentil, qual tertuliano da Travessa do Cotovelo preocupado com o legado marxista da Escola de Frankfurt.

Esforçava-se por estar apresentável por detrás do lençol estendido no chão, onde reinavam os rádios AM/FM a 5 eur.-, os relógios de pulso Water Resistant a meio metro de profundidade, DVD's do Sozinho em Casa ou frascos verde alface para fazer bolas de sabão.

Havia charme. O homem fedia, é certo, até porque a perna aberta marcava odoriferamente uns bons hectares do Martim Moniz. Mas ali... ali havia charme.

Quanta tonelada de sovacaria da roupa de um mês, misturada com aquele sebo amarelecido que aguardava ansiosamente pela próxima raspagem. Mas - lá está - havia charme.

Havia charme porque enquanto brincava entediado com o vinco das calças e ajeitava o nó da gravata verde alface, sentiu algo dentro do bolso do blazer sarrento.

A vibração era acompanhada pelo eterno, para não dizer incontornnável, Asereje em polifónico, que só cessou quando, qual José Veiga, abriu de olhar no vazio a tampinha do telemóvel de alumínio com botões azuis e começou a falar.

Havia ali todo um status.

sexta-feira

VENDO GOLF POR UM MILHÃO DE EUROS (G, JE, FC, AC, DA, AB, CD, VE, ABS, auréola não incluída)

Ebay põe Golf a valer tanto como um Ferrari

Foi posto a leilão no Ebay um Volkswagen Golf cinzento metalizado de 1999. O carro teve como base de licitação 9 mil e 900 euros. No espaço de um dia, passou a valer um milhão.



Fig.1 - O carro que com 6 anos e 75 mil Km vale tanto como um Ferrari novo.

Porquê tanto dinheiro? Diz o proprietário que pertenceu ao papa Bento XVI, Cardeal Ratzinger na altura do registo da viatura.



Fig.2 - Pior!

quinta-feira

Educação



« - Ó moço, vem-me ao c* ... [beiçinho]

- Não. Chata, a miúda pá! [revira os olhos]

- Se faz favor?

- Ah, bom. Assim é diferente.
»

quarta-feira

Libertai o homem-do-colete-reflector que há em vós

Colete reflector no banco do pendura: um ícone da responsabilidade. Estupidologia Rodoviária: obrigado a www.7meses.blogspot.com pela advertência estupidológica

Uma das mais recentes modas dos condutores portugueses é mostrarem que - sim senhor - são cigadãos, hã?, cumpridores, vestindo o banco da frente do seu automóvel com o agora obrigatório colete reflector.

Por isso, o conselho estupidológico vem por este meio apelar a todos os estupidólogos, aspirantes ou meros curiosos: sigamos a máxima "imitar para compreender" e vistamos também os bancos dos nossos carros com os coletes.

Mas aí perguntais vós, caros estupidólogos, aspirantes ou meros curiosos: o que é que eu ganho com isso?

Devemos dizer que a questão que nos colocam, caros amigos, é assaz pertinente.

Reparai no seguinte: como interessados que todos somos - à bruta - pela ciência estúpida, convem sublinhar - pá, vincar - que os fenómenos estupidológicos são - toda a gente sabe - de difícil compreensão. Atentai que o porta-luvas já foi inventado há muito e, ainda assim, observamos muitos condutores a mostrar ao mundo o seu bonito colete no banco da frente.


A metodologia investigativa para estudar o fenómeno que propomos é pois a da mímese estupidologico-comportamental. Para bem desta ciência, há muito a ganhar com a imitação, sobretudo no âmbito da investigação do fenómeno aqui em esmiuçe.

Con-estupidólogos: podeis não ter seguro ou selo municipal, hm?, mas se tendes um colete num banco da frente - ah bom! - aí está tudo bem!, e vocês - pois que sim senhor - são pessoas que mostram a toda a gente que são muito responsáveis.

domingo

Pinilla e Nostradamus. Questões de fundo.

Tertúlia da semana

TEMA: Pinilla e os três golos ao Braga: um sinal do apocalipse?

Moderador: J. Valente
Local:McDonald's do Rossio
Transportes: Carris - 9, 32, 44, 46, 59, 90; Metro - Linha azul, Estação do Rossio
Data/hora: 03h27, 2 de Maio
Entrada: livre

Estupidologia: Suplemento jacaré
50 cent: resumo de uma obra da contemporaneidade











Com tecnologia do Blogger.

Seguidores

Arquivo do blogue