As obras na Margem Sul
As obras na margem sul têm sido um tema que tem merecido a mais profunda das reflexões por parte dos estupidólogos da região, sobretudo dos que andam de carro e que aspiram - ah, sonho da meninice - a descobrir um caminho alternativo para o seu destino.
Por exemplo. Supônhamos. Uma pessoa quer ir para a Costa. Pois que sim, que lá vai ela, toda contente. Quando chega lá, pimba, obras. Programa Pólis.
Uma pessoa lá chapinha e lá faz uns castelos com o balde, enfim, meio desacorçoada com as camionetas de pedras, até que se maça e se vai embora. Apanha o IC20 e entra na Estrada Nacional 10 (EN10), porque ainda tinha que tratar de vidas em Almada, de maneiras qu'era a caminho.
Depois, passa á Cova da Piedade, obras. Sobe até à entrada do Laranjeiro, faz um slalom por entre as retroescavadoras e obras. Prepara-se para sair do Laranjeiro e vê o que? Vá, digam comigo. Obras - para o metro de superfície.
As obras na margem sul têm sido um tema que tem merecido a mais profunda das reflexões por parte dos estupidólogos da região, sobretudo dos que andam de carro e que aspiram - ah, sonho da meninice - a descobrir um caminho alternativo para o seu destino.
Por exemplo. Supônhamos. Uma pessoa quer ir para a Costa. Pois que sim, que lá vai ela, toda contente. Quando chega lá, pimba, obras. Programa Pólis.
Uma pessoa lá chapinha e lá faz uns castelos com o balde, enfim, meio desacorçoada com as camionetas de pedras, até que se maça e se vai embora. Apanha o IC20 e entra na Estrada Nacional 10 (EN10), porque ainda tinha que tratar de vidas em Almada, de maneiras qu'era a caminho.
Depois, passa á Cova da Piedade, obras. Sobe até à entrada do Laranjeiro, faz um slalom por entre as retroescavadoras e obras. Prepara-se para sair do Laranjeiro e vê o que? Vá, digam comigo. Obras - para o metro de superfície.
Por causa da bicha, uma pessoa resolve contornar a EN10, as obras e o trânsito, fugindo pelo Miratejo para reentrar em Corroios.
Nisto, uma pessoa vai para reentrar em Corroios e obras - viaduto p'ó supermercado novo.
Lá se reentra na EN10 e uma pessoa já começa inclusivamente a sorrir de não ver obras. Mas, antes de saír de Santa Marta e passar ao Muxito, obras - metro. Uma pessoa lá faz o desvio pela paralela à EN10 de maneira a entrar na Cruz de Pau. Sim senhor, lá vai, lá vai, lá vai e - pimba - obras - diz-qu'é um túnel p'ós carros.
Bom, sem outra alternativa, uma pessoa lá vai por estradas e estradinhas até chegar a uma terra chamada Paivas. Chegando aos primeiros semáforos, obras - diz-qu'é para transformarem a rotunda em cruzamento. Chegando aos segundos semáforos, obras - diz-qu'é para transformarem o cruzamento em rotunda.
E uma pessoa - depois de entretanto ter tentado ir ao Pingo Doce, que encerrou para obras - lá chega finalmente a casa. Lá dorme, que no dia a seguir tem que coiso, de maneiras que é sempre importante descansar.
E no dia seguinte, uma pessoa lá se levanta, lá mete o seu creme hidratante e um áiláinérzito ao de leve e vai á vida.
Lá se mete no transporte para rumar ao Seixal. Nisto, e pela má experiência do dia anterior, uma pessoa resolve a todo o custo evitar a EN10 e decide ir pela estrada que vai dar ao Continente. Primeiro atalho, obras - fechado. Segunda alternativa: ir pela EN10 - fechado, obras.
Pois que a alternativa era ir rumo à rotunda do Continente - curiosamente, também em obras porque diz-qu'aquil'agora vai ser um centro comercial dos grandes - e seguir finalmente até ao Seixal, sem mais demoras.
Chega ao fim da semana, o qu'é q'uma pessoa resolve? Fugir. Uma pessoa lá dá um saltinho até Tróia, p'ra ver se espairece. Uma pessoa lá se mete na via rápida. Obras. Diz-qu'é p'ra ter mais uma faixa.
Chega a Tróia, obras. Diz'qu'aquilo vai ser tudo terraplanado e qu'vai pr'áli um casino.
Sem comentários:
Enviar um comentário